quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Jesus Ensina que o Cristão Deve Determinar?


Mais uma vez sou obrigado a ouvir – ler – que o próprio Jesus ensina que o cristão deve determinar. Como?
 "E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei." (João 14:13-14)

Segundo alguns “teólogos” a palavra original traduzida como PEDIR neste texto pode ser traduzida como DETERMINAR (#sqn). Mesmo que o termo pudesse ser traduzido desta forma, o que não pode, deveria ser considerado o contexto em que a palavra se encontra, quem pede/determina e a quem se pede/determina. Mas... essa tradução não existe.

Não sou muito entendido no Grego, mas sei que a expressão usado no texto não quer dizer, nem de longe, determinar. A palavra usada é aiteo (αιτεω) que, segundo o Strong, pode ser traduzido como pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer. Das 72 vezes que a expressão aiteo aparece no NT (68 vs), em nenhuma das ocorrências a palavra aparece com o sentido determinar. Veja 4 exemplos:

"E, era carregado um homem, coxo de nascença, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir (aiteo) esmolas aos que entravam. " (At 3:2)

"Este achou graça diante de Deus e lhe suplicou (aiteo) a faculdade de prover morada para o Deus de Jacó." (At 7:46)

"Pedis (aiteo) e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites." (Tg 4:3)

"E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos (aiteo) alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve." (1Jo 5:14)

As palavras usadas para DETERMINAR são keleuo (κελευω),  entellomai (εντελλομαι), paraggello (παραγελλω), prostasso (προστασσω), e em nenhum dos textos estes termos são usados do homem para com Deus, mas geralmente ao contrário.

A doutrina de que o homem deve determinar à Deus é uma afronta ao caráter e à Soberania de Deus. O homem que pratica essa doutrina deve aprender que ele é apenas criatura, e que por misericórdia o Criador nos recebe diante Deles.

Que possamos aprender a orar como nos ensina o Apóstolo João.

"E esta é a confiança que temos Nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve." (1Jo 5:14)

quarta-feira, 10 de junho de 2015

O Novo Testamento e a Igreja Primitivo


Certo vez, em um grupo discussões teológica do qual participo, alguém postou um texto afirmando que somente a Bíblia Hebraica é a fiel palavra de Deus. Disse, também, que o Novo Testamento não era reconhecido pela Igreja Primitiva (entre sécs. I e III), mas somente pela Igreja Romana, a partir do IV século .

Bom, e o que será que a história diz sobre isso? Como a igreja nutriu, por tanto tempo, as doutrinas cristãs? Como se defenderam das ameaçadoras heresias que surgiam, como as dos gnósticos (sécs. I e II), dos Judaizantes, as de Montanus (final do séc. II), as de Marcião (sec. II), dos sebalianos e arianos (sécs. III a IV), e tantas outras que tentavam jogar por terra a deidade de Cristo, ou firmar que Cristo era um outro deus, ou apenas um profeta? O que liam em suas reuniões?

Para entender como pensavam nossos irmão primitivos a respeito do novo testamento, irei usar aqui 4 arquivos históricos, o livro “Historia Eclesiástica” de Eusébio da Cesárea (270 – 340 d.C.) , “De Principiis, Livro IV” de Orígenes de Alexandria (185 – 253), escrito por volta de 311 d.C, “Contra as Heresias” por Ireneu de Lião (130 – 202 d.C), de 180 d.C e os Cânone Muratori de 170 d.C.

Das três primeiras obras, a de Eusébio é a única que tem mais de um capitulo dedicado as obras dos apóstolos. Apesar de não reconhecer algumas cartas como testamentárias (canônicas), como a de II Pedro, ainda fica bem claro que as demais eram aceitas como inspiradas e canônicas.

Vejamos:

“De Pedro reconhecemos uma única carta, a chamada I de Pedro. Os próprios presbíteros antigos utilizaram-na como algo indiscutível em seus próprios escritos. Por outro lado, sobre a chamada II carta, a tradição nos diz que não é testamentária, ainda assim, por parecer proveitosa a muitos, é tomada em consideração junto com as outras Escrituras.” (III, 1)

Eusébio sobre os escritos de Paulo:

“Por outro lado, é evidente e claro que as catorze cartas são de Paulo.” (III, 5)

Das obras de Lucas:

Lucas, por outro lado, oriundo de Antioquia por sua linhagem e médico de profissão, foi durante a maior parte do tempo companheiro de Paulo. Mas seu trato com os outros apóstolos também não foi superficial: deles adquiriu a terapêutica das almas, da qual nos deixou exemplos em dois livros divinamente inspirados: o Evangelho, que ele confessa ter composto segundo o que lhe transmitiram os que foram testemunhas oculares e se fizeram servidores da doutrina, dos quais ele diz que seguiu já desde o começo, e os Atos dos Apóstolos que compôs, já não com o que tinha ouvido, mas com o que viu com os próprios olhos.” (IV, 6)

Eusébio, ainda escreve um capitulo sobre quais livros a igreja deve ou não aceitar como escritos do Novo Testamente, ou Canônicos.

“Chegando aqui, é hora de recapitular os escritos do Novo Testamento já mencionados. Em primeiro lugar temos que colocar a tétrade santa dos Evangelhos, aos quais segue-se o escrito dos Atos dos Apóstolos. Depois deste há que se colocar a lista das Cartas de Paulo. Depois deve-se dar por certa a chamada Primeira de João, assim como a de Pedro. Depois destas, se está bem, pode-se colocar o Apocalipse de João, sobre o qual exporemos oportunamente o que dele se pensa. Estes são os ditos admitidos.”(XXV, 1-3)

A carta aos Hebreus pode ser incluído nas cartas de Paulo, pois Eusébio que ter sido Paulo quem escrever.

Origines, que foi, também, um grande defensor da deidade de Cristo, no prólogo de seu livro, deixa bem claro sua crença de que os Evangelhos, assim como o Velho e o Novo Testamente, foram dados pelo próprio Deus.

“Este Deus, justo e bom, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, foi quem nos deu a Lei e os Profetas e o próprio Evangelho, o qual é também o Deus dos apóstolos, assim como do Velho e do Novo Testamento.” (Prólogo, 4)

“se escutarmos as palavras de Paulo como sendo palavras do Cristo que, segundo a sentença do próprio Apóstolo, nele fala” (III, 22)

“... as divinas Escrituras a chamam de invisível, como quando Paulo diz Cristo ser a imagem invisível do Pai (Col. 1, 15), para pouco depois dizer que por Cristo foram criadas todas as coisas, as visíveis e as invisíveis (Col. 1, 17)”. (III, 27)

Em outro lugar Origines escreveu:

“Segundo aprendi com a tradição a respeito dos quatro evangelhos, que são os únicos inquestionáveis em toda Igreja de Deus em todo o mundo. O primeiro é escrito de acordo com Mateus, o mesmo que fora publicano, mas depois apóstolo de Jesus Cristo, o qual, tendo-o publicado para os convertidos judeus o escreveu em hebraico"

Origines parece não ignorar os escritos paulinos como canônicos.

Irineu, antes de Origines, e assim como ele, via os escritos neo-testamentários como divinamente inspirados e canino. No texto abaixo, quando trata sobre as heresias dos ebionitas e nicolaítas, Irineu acusa os ebionitas de aceitarem o evangelho de João, e rejeitarem os escritos de Paulo, que eram considerados pela igreja como divinamente inspirados.

Utilizam somente o evangelho segundo Mateus e rejeitam o apóstolo Paulo como apóstata da Lei.” (26, 2)

Nesta outra parte, Irineu se refere ao texto do Evangelho de João 1.3 como sendo a própria escritura, veja:

“Nós, porém nos mantemos firmes na regra da Verdade, isto é, que existe um só Deus onipotente que tudo criou pelo seu Verbo, plasmou e fez que o que não existe passasse a existir, como diz a Escritura: "Pela palavra do Senhor os céus foram feitos e pelo sopro de sua boca toda a potência deles". E ainda: "Tudo foi feito por meio dele e sem ele nada foi feito".” (21, 1)

Agora, vamos à obra mais antiga (170 d.C.) e mais incrível entre as citadas, com respeito à Igreja Primitiva e os cânones neo-testamentários, o Cânone de Muratori. O escrito, infelizmente incompleto, lista os livros aceitos como canônicos pela igreja do segundo século. Refere-se aos evangelhos de Lucas e João como sendo o terceiro e quarto evangelho, a parte que trata, provavelmente, sobre Mateus e Marcos não foi encontrada. O fragmento comenta sobre Atos dos Apóstolos de Lucas, as cartas de Paulo, e as apostólicas. O pequeno texto também trata sobre alguns escritos que não devem ser aceitos pela igreja, como as cartas aos Laodicenses e aos Alexandrinos, atribuídas falsamente a Paulo.

Vejam:

O terceiro livro do Evangelho é o de Lucas. Este Lucas “médico que depois da ascensão de Cristo foi levado por Paulo em suas viagens” escreveu sob seu nome as coisas que ouviu, uma vez que não chegou a conhecer o Senhor pessoalmente, e assim, a medida que tomava conhecimento, começou sua narrativa a partir do nascimento de João. O quarto Evangelho é o de João, um dos discípulos.”

Os Atos foram escritos em um só livro. Lucas narra ao bom Teófilo aquilo que se sucedeu em sua presença, ainda que fale bem por alto da paixão de Pedro e da viagem que Paulo realizou de Roma até a Espanha.”

“Quanto às epístolas de Paulo [...] não precisamos discutir sobre cada uma delas, já que o mesmo bem-aventurado apóstolo Paulo escreveu somente a sete igrejas, como fizera o seu predecessor João, nesta ordem: a primeira, aos Coríntios; a segunda, aos Efésios; a terceira, aos Filipenses; a quarta, aos Colossenses; a quinta, aos Gálatas; a sexta, aos Tessalonicenses; e a sétima, aos Romanos [...]. Além disso, são tidas como sagradas uma [epístola] a Filemon, uma a Tito e duas a Timóteo.”

“Entre os escritos católicos, se contam uma epístola de Judas e duas do referido João [...]. Quanto aos apocalipses, recebemos dois: o de João e o de Pedro; mas, quanto a este último, alguns dos nossos não querem que seja lido na Igreja

Podemos, então concluímos que os escritos neo-testamentários eram sim usados pela igreja primitiva, e não só usados, mas eram considerados canônicos inspirados e dados pelo próprio Deus. Afirmar que a igreja primitiva não reconhecia os escritos do Novo Testamento como inspirados sem conhecimento histórico, é tão ignorante quanto dizer, “esta ou aquela bíblia, versão, tradução é a verdadeira e fiel”. Por favor, parem de impedir a ação do Espírito Santo.

Em Cristo, Leandro Schoen

Texto original
dizaileo.com/2014/07/o-novo-testamento-e-o-cristianismo.html

segunda-feira, 1 de junho de 2015

O que é o arrebatamento?

    Por R. C. Sproul


1 Tessalonicenses 4.13-18 é a instrução de Paulo sobre o que é popularmente chamado de arrebatamento. O arrebatamento é o transporte miraculoso de todos os cristãos vivos aos céus no retorno de Jesus. Há muitas informações erradas sobre esse evento, mas essa passagem nos dá algumas verdades definitivas sobre ele. Paulo deixou claro que o retorno de Jesus não vai ser secreto, mas será visível; será um retorno físico; e será um retorno triunfante, pois Ele não virá em inferioridade e submissão assim como Ele fez na Sua primeira vinda, mas em poder e glória. Os anjos disseram aos discípulos, “Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir” (Atos 1.11). Assim como Ele partiu visivelmente na nuvem da shekinah, Ele voltará visivelmente nessa nuvem de glória.

Há uma visão, que é bastante difundida na igreja de hoje, que diz que Jesus vai voltar para arrebatar a igreja para fora do mundo, que então a grande tribulação ocorrerá, até que Jesus retorne novamente. Penso que essa visão é resultado de uma má interpretação do que o Apostólo descreveu aqui em 1 Tessalonicenses.

Uma vez conversei com um dos principais representantes dessa escola de pensamento, um homem que ensina o arrebatamento “pretribulacionista”. Eu lhe disse: “Não conheço um simples versículo em qualquer lugar da Bíblia que ensina o arrebatamento pré-tribulação. Você pode me dizer onde achar?”. Nunca vou esquecer o que ele me disse: “Não, eu não posso. Porém, isso é o que me ensinaram quando eu era uma criança pequena.” Eu lhe disse: “Vamos tirar a nossa teologia da Bíblia, ao invés das lições de escola dominical que ouvimos anos e anos atrás.

Vamos olhar para os eventos que Paulo descreveu. Primeiro, ele notou: “o Senhor mesmo…. descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares” (1 Ts 4.16-17). Aqui, vemos que o propósito da vinda dos mortos e do nosso arrebatamento ao céu não é ir embora mas para encontrar com Jesus enquanto Ele está retornando. Ele não vai nos tirar do mundo permanentemente. Ele vai nos elevar para participarmos com Ele do Seu retorno triunfal.

Quando as legiões romanas eram despachadas para ir a um país estrangeiro numa campanha militar, seus estandartes traziam as letras SPQR, uma abreviação para Senatus Populus Que Romanus, que significa “o Senado e o povo de Roma”. Entendia-se em Roma que as conquistas dos militares não eram simplesmente para os políticos que governavam, mas para todos os cidadãos da cidade.

O exército poderia ter ido para uma campanha de dois ou três anos. Finalmente, os soldados retornariam, trazendo prisioneiros em correntes. Eles acampariam fora da cidade e enviariam um mensageiro para alertar o Senado e o povo que as legiões haviam retornado. Quando essas notícias chegavam, o povo começava a se preparar para receber os heróis vencedores. Quando tudo estava pronto, um trompete soava. Com isso, os cidadãos da cidade saíam para onde o exército estava acampado e se juntavam aos soldados em marcha pela cidade. A ideia era que eles tinham participado no triunfo do seu exército vencedor.

Essa é exatamente a linguagem que Paulo usou aqui. Ele estava dizendo que quando Jesus voltar em poder vencedor, crentes, mortos e vivos, serão levados nos ares para encontrar com Ele, não para ficar lá em cima, mas para se unir ao Seu retorno triunfal, para participar em Sua exaltação.

Parece que o objetivo de Paulo aqui era confortar os Tessalonicenses, que estavam tristes de que os seus entes falecidos, aparentemente, iriam perder o retorno triunfal de Cristo, a grande conclusão para o ministério de Jesus no fim dos tempos. Paulo os assegurou que os mortos em Cristo não vão perder de jeito nenhum o Seu retorno. Na verdade, eles estarão lá primeiro. Os mortos vão ressurgir primeiro, e então aqueles que continuam vivos e são de Cristo vão ser arrebatados juntamente com toda essa congregação para vir à terra novamente em triunfo.

Fonte:
reforma21.org/artigos/o-que-e-o-arrebatamento.html

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Palestra Missões 8 º Congresso de Líderes da Igreja de Deus no Brasil

Como minha primeira participação neste blog achei oportuno trazer uma reflexão que elaborei no 8º Congresso de Lideres da IDB, faz tempo, na época ainda trabalhava no HSBC, que usei como exemplo, (e longe dos escândalos da instituição hoje...) mas penso que a reflexão ainda é válida.

A IMPORTÂNCIA DE MISSÕES, PERSPECTIVA E AÇÕES DA IGREJA DE DEUS NO BRASIL.
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Texto Base : Mateus 9.35-15 e Mateus 28.18-21


O Brasil e o mundo vivem hoje uma crise ética nos seus mais profundos setores, sejam político, econômico, social etc...,

E posso dizer que o principal e o grande fator que contribui para esse aprofundamento da crise foi e é o afastamento da centralidade de Deus. O ser humano foi gradualmente tirando a centralidade de Deus e focando em si próprio, ele é o centro.

Há uma frase na filosofia que diz que o homem é a medida de todas as coisas, mas o ser humano não é um absoluto, ou seja cada um tem “medidas” com que medir diferentes, então a centralidade no homem nos trouxe ao relativismo absoluto de todas as coisas, uma vez que cada um tem a sua verdade.

Tenho a convicção de que qualquer medida que venha de padrões humanos será meramente paliativa pq a crise que o homem vive não é social, mas metafísica.

Metafísica pq o homem afastou-se da centralidade em Deus, Paul Tillch em sua Teologia Sistemática afirma que o homem que perde a centralidade em Deus vive um processo de alienação, e é isso que vemos hoje em dia.

É dentro desta crise da sociedade que a Igreja de Cristo vive, observamos a noticias em telejornais, jornais e revistas cada vez mais chocante, Paul Tillich diz ainda que não somente os que cometem atrocidades são culpados, mas os que assistem a esta violência e até os que sofrem:

“Os cidadãos não são culpados pelos crimes cometidos em sua cidade, mas são culpados como participantes do destino do ser humano como um todo e do destino da sua cidade em particular, pois seus atos, nos quais sua liberdade estava unida ao destino, contribuíram para formar o destino do qual participam. “


Ou seja, todos nos temos uma responsabilidade pelo destino da nossa sociedade.

Mas faço toda esta introdução para dizer que existe apenas um caminho para o ser humano sair desta alienação em que vive, é voltar a estar na centralidade de Deus.
Isto que estou dizendo não é nenhuma novidade, e já foi dito a mais de 3.000 anos, quando os israelitas tiveram suas experiências com IAHWEH, e há muito mais tempo atrás com Adão e Eva.

Mas o objetivo não é aprofundar estes itens, que pode ser deixado para um futuro congresso de evangelismo, mas sim reafirmar esta verdade: Todos necessitam da Graça de Deus.

Bem é ai que entramos, como mordomos e representantes desta Palavra de Deus, foi dada a Igreja de Cristo a prerrogativa de levar estas boas novas o evangelho da graça, prerrogativa esta que até os anjos desejavam.

Porém esta pequena introdução leva-nos conseqüentemente a questão seguinte, o que temos feito para expandir o reino de Deus e sua Justiça?

Tito Paredes, missionário peruano, um dos oradores do 3º Congresso latino-americano de Evangelização (CLADE III) afirmou :

“Como cristãos evangélicos todos nos concordamos em que a missão da Igreja é, em grande parte, a sua própria razão de ser. A Igreja vive para proclamar e viver o Evangelho do Reino de Deus em toda a sua amplitude e integridade, dentro e a partir do contexto em que ela se desenvolve.”

Acredito fortemente que Missões deve ser um dos carros chefes da Igreja, e quando falo missões digo missões e evangelismo. Uma Igreja que não tem em sua agenda uma ação forte com objetivo missionário e evangelístico deve repensar a luz das escrituras suas prioridades.

A Igreja de Deus no Brasil, está há algum tempo pensando mais fortemente neste assunto, é claro que este sempre foi um ponto importante, uma vez que a própria igreja no brasil também é de origem missionária, mas acredito que estamos perto de darmos um salto qualitativo neste ponto.

Eu digo que a Igreja de Deus no Brasil tem uma vantagem muito grande no aspecto de missões e evangelismo:

1ª Há pessoas comprometidas com este objetivo e,

2º somos uma denominação transnacional, ou seja, estamos em boa parte do pais, e em uma parte considerável do mundo.

Quero trazer um exemplo do que estou dizendo, eu trabalho no HSBC Bank Brasil S/A, e primeiro quero trazer uma singularidade com relação ao nome, o HSBC Bank Brasil é uma parte do conglomerado HSBC Bank, que está presente em 82 paises no mundo, e a instituição faz questão de deixar isso claro, dizendo que isso é Sua Vantagem Global, isso passa a representar uma vantagem para o cliente e para o próprio banco que tem noção de sua realidade local, e que em cada região de cada pais, pode contar com uma estrutura mundial por trás, dando apoio.

A comparação que quero fazer aqui é que o Dpto Nacional de Missões tem o papel de ser também o portador desta vantagem global da Igreja de Deus no Brasil, ela tem o objetivo de canalizar os esforços de cada igreja regional para o objetivo de missões, organizando, apoiando e estruturando aos projetos de missões.

Isso faz com que possamos utilizar todo o potencial de uma Denominação do tamanho da nossa, para projetos que estejam alinhados com a visão da Nacional.

Acho que estamos no caminho certo, porém para atingirmos aquilo que Cristo pede de nós necessitamos de dois fatores:

Missões não deve ser simplesmente uma obrigação, deve ser algo que eu deseje grandemente, para estar comprometido com missões eu tenho que estar comprometido com pessoas, devo olhar para a sociedade como Cristo olho para o povo, se a miséria ética, moral, social e material em que as pessoas vivem não me comover, não há compromisso com missões.

Missões não é temporário, enquanto estivermos nesta terra, missões deve ser constante em nossa vida, o nosso compromisso com missões não pode se limitar a um período a uma campanha.

Se no nosso dia a dia como cristãos estivermos atentos a estes dois pontos creio que estamos em bom caminho, e poderemos responder facilmente a pergunta lá do inicio: O que estou fazendo por Missões?

sexta-feira, 27 de março de 2015

Sobre o Batismo com o Espírito Santo (Parte 1)



O que é?
– Batismo com o Espírito Santo o próprio recebimento do Espírito Santo na vida do crente, onde o Espírito passa a ser a garantia de vitoria do crente. É o selo colocado pelo próprio Deus em Seu povo. (Ef 1:13,14)
"Nele, quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória." Ef 1:13-14
Quem pode ser batizado?
– Todos os participantes do corpo de Cristo, todo que se arrepende e crê. (1 Cor 12:13; Jo 7:38-39)
"Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo" - 1 Coríntios 12:13
"Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva" - João 7:38-39
"Porque a promessa vos pertence a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a quantos o Senhor nosso Deus chamar" - Atos 2:39
Quando acontece?
– Quando o homem se arrepende e crê. (Atos 2:38)
"Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo". - Atos 2:38
O dom de línguas é evidencia do batismo com o Espírito Santo?
– Não. Não há evidencias bíblicas para se afirmar que o dom de línguas seja evidencia do batismo. O dom de línguas é um dos dons que o Espírito dá ao homem para sua edificação e da igreja, assim como os demais dons. Entretanto, nem todos falam em línguas, como nem todos profetizam, nem todos ensinam e etc.
Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos mestres? são todos operadores de milagres? Todos têm dons de curar? falam todos em línguas? interpretam todos? - 1 Coríntios 12:30
Qual é, então, a evidência do batismo?
– São os frutos do Espírito, a mudança de vida, uma vida de santidade. A pessoa que recebe a Cristo e junto com Ele o seu Espírito deve, necessariamente, experimentar uma mudança de vida.
"Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!" 2 Coríntios 5:17
"porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus." Romanos 8.14 (Leia Rom 8.5-14)
"E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu." Romanos 5.5
"em pureza, conhecimento, paciência e bondade; no Espírito Santo e no amor sincero;" 2 Coríntios 6.6
"Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade,mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei." Gl 5.22,23
Podemos batizar alguém com oração e imposição de mãos?
– Não! Mais uma vez, não há evidencias bíblicas para se afirmar que devemos ministrar o batismo com o Espírito por orações e imposição de mãos. Mas você pode perguntar então, “por que os apóstolos batizaram?” Primeiro, as únicas passagens que temos em que os apóstolos oraram pelo Espírito Santo em determinadas pessoas estão em Atos, e Atos é uma narrativa, e não devemos interpretar uma narrativa como uma normativa, como uma norma pra igreja. Não há nos escritos dos apóstolos a instrução para que oremos por batismo. “Mas por que os apóstolos oraram?” Era necessário. Deus falou através do profeta Joel (2:28-29) que o Espírito seria derramado sobre toda a carne. Em Atos 2 o Espírito foi derramado sobre os Cristão judeus, e era necessário que fosse derramado ainda sobre os cristão samaritanos (Atos 8), os helenistas (Atos 10) e os gentios (Atos 19). Após estes fatos, cumpriu-se de fato a profecia de Joel, e toda carne (dentro o povo de Deus) recebeu o Espírito Santo.
Hoje o recebermos no momento em que cremos e nos arrependemos.
"Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo". - Atos 2:38
Em Cristo, Leandro Schoen

quinta-feira, 12 de março de 2015

Quem Leva Membros para a Igreja? Daniel Sidney Warner


"E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar." Atos 2:46-47 
"Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis." 1 Coríntios 12:18 
"Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito." 1 Coríntios 12:13

Aqui, o ajuste dos membros no corpo, ou o acréscimo à igreja, é atribuída a Deus, a Cristo e ao Espírito. Claro, Eles são um, o Deus trino.

Deus nunca leva os homens a uma seita. Portanto, nenhuma seita é a Sua Igreja.

Daniel Sidney Warner.
The Church of God, cap. 7

Grandes Nomes do MRID - Barney Elliott Warren


Barney Elliott Warren(1867-1951)

Antes de iniciar, gostaria de observar que MRID quer dizer Movimento Reformador da Igreja de Deus.

Nasceu no dia 20 de fevereiro de 1867 em Lewiston, New York. Faleceu no dia 21 de abril de 1951 em Springfield, Ohio, onde se encontra enterrado no cemitério Vale.

Warren converteu-se em 1884 durante um reavivamento próximo a Bangor, Michigan. Dois anos mais tarde já integrava o grupo de louvor (cantando baixo), para o evangelista Daniel Sidney Warner, que fazia parte do Movimento da Reforma da Igreja de Deus em Anderson, Indiana. Acredita-se que Warren tenha escrito mais de 7000 cânticos. Sua esposa era Nannie Kigar, que pertencia ao grupo de louvor que viajou pelos EUA no final do século XIX.

Foi ministro da Igreja de Deus, autor de hinos e pastoreou diversas congregações. Trabalhou na produção de hinários para a Companhia de Trompetes Evangélicos, desde 1888 até 1940.


O Senhor salva a todo o pecador
“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; 
e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé.”
(1 João 5:4)



Letra e Música: Barney E. Warren, 1897
Tradutor: José Teixeira de Lima

Aleluia! O Senhor Salva a todo pecador!
Salvação! Salvação!
Jesus Cristo tem poder para todo o mal vencer,
Salvação! Salvação!

Coro
Salvação e redenção!
Aleluia! Cristo já me amou e me salvou.
Glória dou e aleluia,
a Jesus que me salvou.

Eu confio em Jeová, Ele santidade dá;
Salvação! Salvação!
Tenho paz e vivo já, Sua graça em mim está.
Salvação! Salvação!

Falarei sempre o que sei, exaltando o meu Rei,
Salvação! Salvação!
Pois Seu sangue já verteu, pra tornar-me filho Seu,
Salvação! Salvação!

Cantaremos, sempre ali, ao sairmos nós daqui;
Salvação! Salvação!
Exaltando o Salvador, louvaremos com fervor
Salvação! Salvação!

VICTORY


Hallelujah, what a thought!
Jesus full salvation brought,
Victory, victory.
Let the pow’rs of sin assail,
Heaven’s grace can never fail,
Victory, victory.

Refrain
Victory, yes, victory.
Hallelujah! I am free, Jesus gives me victory.
Glory, glory, hallelujah!
He is all in all to me.

I am trusting in the Lord,
I am standing on His Word,
Victory, victory.
I have peace and joy within,
Since my life is free from sin,
Victory, victory.

Shout your freedom ev’rywhere,
His eternal peace declare,
Victory, victory.
Let us sing it here below,
In the face of ev’ry foe,
Victory, victory.

We will sing it on that shore,
When this fleeting life is o’er,
Victory, victory.
Sing it here, ye ransomed throng,
Start the everlasting song:
Victory, victory.

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